É somente um buraco no alcatrão, coitadito! Tão ínfimo e desprezível que quase não se dá por ele, quase que nem se percebe porque é que tem destaque aqui no "Palhetas"!
Quase! Porque quando o rodado de um automóvel lhe passa por cima, este buraco toma uma forma para o condutor - com o barulho que ocasiona e com os possíveis estragos que se adivinham nos pobres dos pneus e 'jantes' - verdadeiramente incomensurável, alarmante! E não é para menos. Situado mesmo no trilho dos pneus do lado do condutor, numa rua apertada e que quase não permite desvios (rua dos Bombeiros Voluntários, logo a seguir ao Montepio Geral) este buraco "estragador" tem, lá isso tem, uma história interessante. Ali a florescer há uns bons três anos, já teve, na verdade, uns remendos (maus remendos, claro está!) mas agravou-se nos últimos tempos.
Um dos comerciantes da zona, há cerca de três semanas, não se conteve e, indignado, telefonou para a Câmara verberando a situação. Vá lá, veio um 'encarregado' analisar a situação.. Que olhou para o buraco, olhou outra vez, tornou a olhar e, finalmente, murmurou:
"-Ná! Este buraco não é meu! Isto é das Águas! Vou já resolver a situação!"
E puxou do telemóvel, ligou para um "zé-dos-anzóis" qualquer e, passado uns minutos, apareceu o 'encarregado' das Águas. Puseram-se os dois 'encarregados' a olhar e a "reolhar" para o buraco, até que o das Águas exclamou:
"Ná! Este buraco não é meu! Isto é do Gás! Vou já resolver a situação!"
E após esta reflexão muito "tu-cá-tu-lá" puxou do telemóvel e ligou para outro "zé-dos-anzóis"! Passado pouco tempo apareceu mais um 'encarregado', desta feita o do Gás. Puseram-se os três 'encarregados' a andar à volta do buraco, qual dança aprimorada de "Zorba", o grego! Rodearam-no, olharam-no muito bem, estudaram-no, remiraram-no... até que o do gás admitiu:
"-Sim, este buraco é capaz de ser meu!"
Tamanho reconhecimento eivado de tanta intimidade deixou muito satisfeito o nosso interlocutor, já que se adivinhava, enfim, o conserto do buraco. E três horas depois lá estavam uns operários a colocar uns grãos de areia fixada por uma qualquer substância que mais parecia cola Uhu... mas óhó, tal arranjo "deu" só para três dias!
...e o estaparfúdio buraco - com uma história que dava para um absorvente filme de Spielberg - lá continua vai para mais de três anos, desdenhando dos ineptos "zé-dos-anzóis" cá do burgo que lhe aparecem pela frente, qual Arnold Schwarzenegger a enfrentar os temíveis 'transformers'!
Um dos comerciantes da zona, há cerca de três semanas, não se conteve e, indignado, telefonou para a Câmara verberando a situação. Vá lá, veio um 'encarregado' analisar a situação.. Que olhou para o buraco, olhou outra vez, tornou a olhar e, finalmente, murmurou:
"-Ná! Este buraco não é meu! Isto é das Águas! Vou já resolver a situação!"
E puxou do telemóvel, ligou para um "zé-dos-anzóis" qualquer e, passado uns minutos, apareceu o 'encarregado' das Águas. Puseram-se os dois 'encarregados' a olhar e a "reolhar" para o buraco, até que o das Águas exclamou:
"Ná! Este buraco não é meu! Isto é do Gás! Vou já resolver a situação!"
E após esta reflexão muito "tu-cá-tu-lá" puxou do telemóvel e ligou para outro "zé-dos-anzóis"! Passado pouco tempo apareceu mais um 'encarregado', desta feita o do Gás. Puseram-se os três 'encarregados' a andar à volta do buraco, qual dança aprimorada de "Zorba", o grego! Rodearam-no, olharam-no muito bem, estudaram-no, remiraram-no... até que o do gás admitiu:
"-Sim, este buraco é capaz de ser meu!"
Tamanho reconhecimento eivado de tanta intimidade deixou muito satisfeito o nosso interlocutor, já que se adivinhava, enfim, o conserto do buraco. E três horas depois lá estavam uns operários a colocar uns grãos de areia fixada por uma qualquer substância que mais parecia cola Uhu... mas óhó, tal arranjo "deu" só para três dias!
...e o estaparfúdio buraco - com uma história que dava para um absorvente filme de Spielberg - lá continua vai para mais de três anos, desdenhando dos ineptos "zé-dos-anzóis" cá do burgo que lhe aparecem pela frente, qual Arnold Schwarzenegger a enfrentar os temíveis 'transformers'!
4 comentários:
Achei graça ao seu comentário sobre o "buraco" visto que acabo de ler outro post sobre tema igual aqui:
http://afontenova.blogspot.com/2006/03/portugal.html
Já agora, e porque o seu blogue trata temas ligados ao Concelho da Figueira da Foz, aqui lhe deixo estes testemunhos interessantes passados em Bizorreiro de Lavos:
http://perneta.wordpress.com/2008/07/28/a-troca-e-o-ex-pecador/
e
http://perneta.wordpress.com/2008/07/07/136/
O problema dos buracos, perdão, o problema do País é precisamente termos muito de quem mande e pouco de quem trabalhe.
Em Portugal primeiro encontra-se o responsável, depois tenta-se resolver o problema.
No resto do mundo passa-se tudo ao contrário, com a excepção de que não se tenta, resolve-se.
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