Agora com a designação de O PALHETAS NA FOZ em (www.opalhetasnafoz.blogspot.com)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Isto é que é uma poda!

Todos os anos as árvores da Figueira da Foz são podadas a preceito por iniciativa camarária.
Sempre da mesma maneira, nas mesmas árvores e nos mesmos locais.
Mas este ano a oposição resolveu contestar tal poda, "por ser exagerada", por ser a "destempo" e "por não ser a adequada"! Até, repare-se bem, contratou um "técnico" para sublinhar tais protestos!
Ora se tudo é igual e feito da mesma maneira há já várias décadas, o que é que mudou para para originar tanta contestação!?
Ora o "Palhetas" descobriu que é ano de (três!!!) eleições!
Claro que as árvores tinham que estar mal podadas!!
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Atenção:
O vereador da CMFF João Miguel Vaz tece abalizadas considerações sobre esta noticia nos "comentários".

6 comentários:

Anônimo disse...

Uma poda e bem dada...
Até pa podar é preciso ter arte..
Mas há gajos assim,são uns empata podas..

O Comendador

João Vaz disse...

Caro António Flórido,

As podas de árvores ornamentais (idênticas às da fotografia) estão erradas, sob o ponto de vista técnico. Desde 2006 que pessoalmente me empenho nesta luta, tendo lido e vários livros e consultado especialistas, pela desmistificação da ideia que as podas camarárias são úteis per se. Aproveitei o facto de ser Vereador da CMFF para denunciar o
triste cenário na Figueira.
A opinião não é só minha, veja o que dizem os especialistas:
http://sombra-verde.blogspot.com/2008/04/retratos-do-portugal-que-odeia-as_10.html

Na rua da Liberdade as podas de formação deveriam evitar somente que as árvores não colidissem com o edificado, dado o tamanho exagerado destas árvores na via em questão. São árvores demasiado grandes para aquela via. Mas, quem poda não se limita a retirar os ramos que colidem com os edifícios, rapam sim qualquer galho, fazem a "poda dos cornitos". Dá-se um ar alinhado às árvores, mostra-se trabalho, mas arruina-se a copa da mesma e permite-se a entrada de fundos e bactérias pelas feridas abertas. Algumas destas árvores já morreram nos últimos anos, estando as caldeiras vazias. As árvores têm um poder de resistência enorme, e os plátanos são particularmente fortes, mas as podas

Na acção de esclarecimento sobre a poda que os Vereadores do PS encetaram , detectamos árvores mal podadas no Jardim Municipal, com a ajuda do perito. Uma sequóia gigante estava em risco de queda, e denunciámos a situação.
Durante a semana passada a dita árvore foi retirada, cortada (e bem) pela raiz dado constituir um perigo enorme. A causa do envelhecimento precoce da sequóia , que abrilhantava o Jardim desde há décadas, foram as podas executadas por gente sem formação técnica adequada.

Transcrevo agora um excerto de um texto sobre estas questões:
Como, no entanto, não deixo de ter uma inabalável confiança na capacidade humana para reflectir e para corrigir os erros, gostaria de acrescentar à crítica a sugestão de algumas medidas que poderiam ser tomadas para melhorar esta situação:

* plantar espécies de pequeno, médio ou grande porte, adequadas a cada situação e cada local;
* diversificar as espécies dos nossos jardins e ruas, utilizando árvores e arbustos, sobretudo da nossa Flora nacional e local, melhor adaptadas ao meio. Plantar árvores de fruto, como nogueiras, castanheiros ou até variedades regionais de laranjeira, por exemplo.
* acabar de vez com a chamada "poda"; o tempo e o trabalho das pessoas empregues nestas práticas pode ser utilizado com maior proveito na plantação de novas árvores e no tratamento adequado das que já existem.
* respeitar a forma natural das árvores, dada pela Natureza em milhões de anos de evolução e selecção naturais. Para isto, é necessário plantar árvores sãs e sem cortes na sua copa original, (sobretudo sem o habitual atarraque do eixo da árvore, que os nossos "jardineiros" tanto gostam de fazer) e deixá-las crescer, cuidando apenas de as alimentar e amparar, sobretudo enquanto jovens. Qualquer intervenção de corte, deverá ser feita de preferência no Verão, período em que a árvore está em plena actividade, as feridas abertas pelos instrumentos de corte cicatrizam com relativa facilidade e são menores os riscos de infecção das feridas por fungos. No entanto, estas operações devem limitar-se à retirada de ramos secos ou tocos de ramos quebrados por qualquer acidente, pernadas que eventualmente possam tocar em fios eléctricos ou noutras situações a definir criteriosamente.
* promover a educação ambiental e o respeito pela árvore, ser vivo complexo e admirável, que não temos nenhum direito de destruir. Lembro, por exemplo, que um dos objectivos traçados pelo Ministério da Educação para o ensino básico é a educação ambiental. Como poderemos promover a educação ambiental, tendo em conta o apoio que a comunidade deve dar à Escola, se continuamos a dar este tratamento às poucas árvores que existem nas nossas vilas e cidades e este mau exemplo? Por outro lado, é preciso sensibilizar também os mais velhos, sabendo-se que muita gente, por ignorância, embirra com as árvores, e chegam a fazer pedidos ridículos às autarquias, no sentido de as “podar“, deitar abaixo, "porque as folhas, flores e frutos que caem sujam", etc..

Estas questões são sérias e não resumem ao eleitoralismo, pelo contrário, como se vê pela sua reacção, é pouco popular e é-se incompreendido quando se afirma que "as podas de árvores ornamentais" são um engodo, na maioria dos casos, para esconder árvores mal colocadas ou a escolha de espécies erradas.

Caso a sequóia gigante do Jardim caísse e matasse alguém....quem seria culpado, o homem que a podou ? ou nós que nada fizemos quando deveríamos ter feito ?

Cumprimentos,
João Vaz

Anônimo disse...

podaram o jardim podaram o coreto podaram as arvores podaram a carreira de tiro podaram o parque cine podaram o café oceano pudaram o parque de diverçoes a figueira é uma terra de podas será que ninguem poda a malta da camara?

Anônimo disse...

Tão ou mais importante que saber se a poda é ou não bem feita, é a replantação das árvores e arbustos que a insensibilidade, a incúria, a leviandade e a incapacidade para saber a importancia das árvores numa cidade,vão destruindo a cada dia que passa sem que ninguem alerte para o que se passa.
Por acaso já deram conta de que desde a discutível reclassificação do jardim já desapareceram pelo menos uma dúzia de árvores?
Por acaso já deram conta da fase dificil por que passam as palmeiras da avenida marginal sendo que uma palmeira que secou junto aos carrouceis foi pura e simplesmente cortada cerce?
Já repararam quantos pinheiros faltam e há quantos anos ao longo da avenida 5 de outubro do lado da doca?
Já viram bem o que uma camara interessada e activa podia fazer no parque das abadias?
Licenciado ou não já pensaram o que podia ser feito no dito oásis?
J´reparam nas árvores da av 25 de abril "ex libris " da cidade e actualmente e de verão uma vantajosa alternativa à tristeza que é o picadeiro actual?
Já por ventura pensaram o que uns serviços competentes da camara podiam fazer na marginal dita atlantica desde o cemitério de Buarcos até ao teimoso em vez daquela aridez que nem na facha de Gaza se vê?
Li o artigo no Figueirense com o qual concordo, e ao saber quem era o vereador do pelouro entndi então o porquê deste estado de coisas.
Com aquele senhor responsável pelo ambiente está tudo dito.

Anônimo disse...

Não se é vereador do ambiente por decreto. Não podemos chegar indiscriminadamente junto a um carpinteiro, desenhador, médico ou seja quem for e dizer-lhe que a partir de determinado dia passa a ser responsável pelo ambiente nesta ou naquela camara.
As pessoas que aceitam este lugar tão importante e tão exposto, teem que ter alguns conhecimentos e fundamentalmente sensibilidade e gosto, pois mesmo que sejam bem assessorados não podemos ignorar que a assessoria é um negócio como outro qualquer.
E que tal dizer ao sr. vereador que a toyota por cada carro que vendis oferecia uma árvore ao ambiente e eles não brincam em serviço, e talvez dizer-lhe tambem que o organizadopr do "rock'n rio" oferece parte da receita para a replantação de árvores em Lisboa. Serão eles parvos ou as árvores teem mesmo a sua importancia?

Anônimo disse...

está tudo podido